segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Cantor: Thom Yorke
Canção: Analyse
Site:
http://www.theeraser.net/Stage3UK/


Graças às "boas casas do ramo", em junho do ano passado, eu consegui o primeiro álbum solo do Thom Yorke, “The Eraser”. Não quis esperar para comprá-lo, afinal as lojas brasileiras, via de regra, demoram um tempão para colocar no mercado as coisas boas da música gringa. No caso de “The Eraser”, salvo engano, até hoje não foi lançado no Brasil e sabe-se lá quando (e se) será lançado. Sorte que ganhei de Natal da minha esposa o cd importado. Presentaço! (Valeu Nani!) Enfim, naquele momento, por estar na fase final de minha tese, ouvi o cd mas sem muita atenção. Deixei-o na minha pasta de “Melhores” para ouvi-lo posteriormente, coisa que não fiz. Passados alguns meses fui assistir ao sensacional “O Grande Truque” (The Prestige), de Chistopher Nolan. Assim que começam os créditos finais, surge uma voz conhecida, reconhecida primeiramente pela minha esposa: Não é o Thom Yorke? Era. E a música era uma beleza! Chegando em casa, fui à caça da tal música e a ouvi com a calma devida. Perfeita! A partir dali é que fui ouvir o cd da forma que ele merece ser ouvido. Produzido por Nigel Goodrich (responsável pela obra-prima Ok Computer), "The Eraser" poderia soar apenas como um disco eletrônico. Mas não. É um misto de rock, eletrônico e progressivo. Claro que ali podem ser encontrados ecos de “Kid A”, “Amnesiac” e “Hail to the Thief”, os álbuns menos rock and roll do Radiohead. Mas reduzi-lo a um álbum de música eletrônica, embora as guitarras sejam raras, é desmerecer sua qualidade. Intimista, melódico, baixo, aflitivo, intenso, belo, “The Eraser” é composto por camadas eletrônicas, ruídos que “sujam” as canções, sons secos, teclados econômicos, tudo costurado por uma textura minimalista, a servir de pano de fundo para letras ora paranóicas ora tristes, mas sempre explícitas do autor Thom Yorke. Por exemplo, o título de uma das canções “Harrowdown Hill” é o nome do lugar no qual o cientista David Kelly, opositor das políticas de Tony Blair em relação às armas de destruição maciça, teria, supostamente, se suicidado. Um aviso: não queira comparar “The Eraser” com qualquer outro disco do Radiohead. Não há como. Esse é um disco autoral, criado, modelado e executado por Thom Yorke. Caso o faça, você não estará suscetível para incorporar toda a qualidade de um álbum que merece estar no lugar de “melhores” seja da sua cdteca, seja do seu computador. Mais uma vez, esse inglês nos abençoa com a melhor música que seja possível ouvir - e sentir.

Um comentário:

apok disse...

Hola!! list ya puse tu link! veo q hiciste los mismo muchas garcias...seguimos en contacto alexandre