
sábado, 28 de abril de 2007

sábado, 21 de abril de 2007
Não se sabe de onde esses figuras (na verdade uma dupla) vêm, se da Alemanha, da Rússia, da Hungria ou de outro lugar. Também não importa. O que vale, na verdade, é que eles fazem uma deliciosa sonoridade jogando no mesmo caldeirão surf rock, rockabilly, áudios de filmes trash, um teremim e outras coisas estranhas. O resultado, conduzido pelo multi-instrumentista Oleg Gitarkin e por Annette Schneider, é uma singular doideira sonora que garante bons minutos de diversão. Para vocês terem uma idéia do que se passa na cabeça dos dois, entre no site. Diversão garantida!!! Fiquem com o clipe da canção "Go Satan Go" (na melhor linha de filmes trash) e com uma sugestão de coletânea.
Banda: Detroit Cobras
Canção: I Wanna Holler (but the town’s too small)
Site: http://www.bloodshotrecords.com/artists/detroitcobras/
Essa banda, como o nome indica, natural de Detroit (terra do visceral MC5 e do singular White Stripes), foi formada em 1995. Fazem parte do grupo o guitarrista Steve Shaw, a também guitarrista Maribel Restrepo, Jeff Meyer no baixo, Damian Lang na bateria. Além disso a banda conta com dois diferenciais: o primeiro é a ex-açougueira e dançarina Rachel Nagy nos vocais, ora suaves ora sacanas; e o segundo é o fato da banda não produzir material próprio. Os quatro cds lançados (sendo que o último, “Tied and True”, acabou de sair) são recheados com o melhor da influência blueseira dos anos 50 e 60, como por exemplo Otis Redding e Willie Dixon (a versão da banda para “Insane Asylum”, de Willie Dixon, é de rasgar a razão) + punk + rockabilly. Contudo, o Detroit Cobras não deve ser visto apenas como uma banda de covers, mas sim como uma reinventora de canções consagradas. É como se a banda engolisse a música, na seqüência a digerisse, derramando sobre ela os mais originais sucos gástricos do rock, e a vomitasse, despejando alguma coisa que possui a mesma origem da que foi engolida, mas com um aspecto bem diferente (sei que a metáfora não foi das melhores, mas acho que deu para entender). Rock and Roll sem frescuras, excelente para se ouvir no volume lá no alto e encher o saco dos vizinhos, caso, óbvio, eles não gostem de Rock. Ao invés de um clipe, como de costume, fiquem como uma oriental dançando, toscamente, diga-se, ao som de “Ya! Ya! Ya!", canção do ep “Seven Easy Pieces”, de 2004.
sábado, 14 de abril de 2007


01 - The Vampire Sound Inc. - The Lions and the Cucumber
02 - Marilyn Manson - The KKK Took My Baby Away
03 - Massive Attack - Future Proof
04 - Starsailor - Fever
05 - Placebo - Protect Me From What I Aant
06 - Stereolab - Golden Ball
07 - System of Down - Highway Song
08 - Jon Spencer Blues Explosion - Calvin
09 - Jeff Buckley - New Year's Prayer
10 - Queens Of The Stone Age - Song For The Dead
11 - Gorillaz - Latin Simone
12 - Snuff - I Will Survive
13 - Soundtrack of Our Lives - Four Ages (Part II)
14 - Interpol - Say Hello to the Angels
15 - Doves-Firesuite
sexta-feira, 13 de abril de 2007

Canção: Lift Me Up
Site:http://www.moby.com
Moby (Richard Melville Hall) nasceu em Nova Iorque, em 1965, e seu apelido veio devido ao seu parentesco, ainda que distante, com Herman Melvile, autor de Moby Dick. Tendo experimentado várias vertentes musicais, desde o erudito, passando pelo Reggae, Hardcore e Punk, Moby se consagrou realmente como DJ, o que lhe rendeu a condição de um dos maiores representantes da música eletrônica mundial. Embora só tenha estourado com o cd "Play", de 1999, que vendeu cerca de 10 milhões de cópias, antes disso já havia gravado 6 cds tão bons quantos esse, como por exemplo "Animal Rights", de 1996, para mim, o melhor dele até hoje, ao lado de "18" e do último "Hotel". Se quiserem começar a explorar o som do cara, comecem por esses três ou podem seguir a coletânea humildemente sugerida abaixo por esse que lhes escreve. Dizer que Moby faz música eletrônica é simplificar demais seu valor. Suas músicas são extremamente bem construídas, misturando batidas eletrônicas com a vitalidade do rock, estabelecendo um equilíbrio exato entre a parafernália eletrônica e os demais instrumentos. Passeando por seu arsenal musical, vocês encontrarão músicas alegres, tristes, dançantes, desencanadas, reflexivas etc etc etc. Vale uma conferida com a calma devida. Segue abaixo uma sugestão de coletânea para a sua diversão!


Canção: The Lake
Site: http://www.antonyandthejohnsons.com
Embora em um primeiro momento possa soar estranha, aos poucos, essa sonoridade te pega pela emoção e quando você percebe está ouvindo pela enésima vez as canções desse grupo nova-iorquino, que é conduzido por Antony (os Johnsons na verdade são um guitarrista, um baixista, dois violonistas e um violoncelista que oferecem, de forma extremamente competente, a base para as viagens sonoras da Antony), um sujeito que é pura androginia e que canta com uma voz que parece não ser desse planeta, voz essa desenvolvida durante as cerimônias católicas do colégio que estudou. Depois de muito peregrinar, aportou em Nova Iorque, e, em 2000, criou o grupo, gravando um disco em 2002. O segundo disco, gravado ano passado, "I Am A Bird Now", é uma obra-prima daquelas para ser consumida aos poucos, em doses homeopáticas. Mas não se preocupem, já que a overdose será o caminho natural. Quanto ao som, eles fazem canções tristes, melancólica, íntimas, puras e belas, tudo isso à base de uma musicalidade extremamente elaborada. Apenas para se ter uma idéia: Lou Reed chorou quando o ouviu cantar pela primeira vez. Não percam de forma alguma.E. T.: A música indicada não faz parte de nenhum dos dois cds, mas sim de um ep, homônimo, de 2004.
Canção: U.F.O.
Site: http://www.brh.free.fr/blonderedhead.htm
A banda, originalmente um quarteto, foi formada, em 1993, em Nova York, pelos estudantes de arte japonesa Kazu Makino, Maki Takahashi e os italianos Simone e Amedeo Pace. Quem se atentou para o som do grupo foi o baterista do Sonic Youth, Steve Shelley que produziu e lançou pelo seu selo, o Smells Like Records, o primeiro álbum do grupo, em 1995. Com a saída de Takahashi, o grupo, agora um trio, lançou mais cinco discos nos quais predomina, óbvio, uma influência do Sonic Youth, com dissonâncias, um ruído aqui e outro ali, algumas linhas bem melódicas e a guitarra como base de tudo. Uma coisa bacana é a alternância dos vocais, às vezes, entre Kazu e Amadeo o que oferece algumas surpresas durante as audições. Para conferir essa alternância vá em busca da música (I Am Taking Out My Eurotrash) I Still Get Rocks Off. De primeira!

