segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Banda: Zefirina Bomba
Canção: Alguma Coisa Por Aí
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Caso queiram adotar uma banda nacional nesse início de ano sugiro que fiquem com o Zefirina Bomba. Até aqui, não ouvi, em termos nacionais, nada que chegasse próximo ao som que esses paraibanos fazem. ZB é um trio cheio de energia que metralha muito rock and roll (punk, hardcore e surf music) em volume bem alto com pitadas de sons regionais. Músicas curtas (algumas com menos de 1 minuto) e letras coesas compostas sob medida para a sua diversão. O título de seu primeiro cd, lançado pela Trama Virtual, dá pistas sobre sua sonoridade: Noisecoregroovecocoenvenenado. Formada por Ilsom (viola distorcida – adaptada para ser usada com seis cordas e captação de guitarra), Edy (baixo) e Guga (bateria), o Zefirina Bomba te cativa de imediato, à primeira audição do álbum. De acordo com o release da banda, suas influências vão de Stooges à Nirvana, passando por João Cabral de Melo Neto, Jimi Hendrix, Mutantes, Tom Zé, Syd Barrett e Glauber Rocha. “Alguma coisa por aí”, faixa que abre o álbum, é puro Jon Spencer Blues Explosion com Dead Kennedys. A faixa instrumental “A Outra Trilha de Sumé” é Dick Dale incorporando Kurt Cobain. “O que ela tem” é Stooges em estado bruto! “Dia Inteiro” é mistura de Sonic Youth com o repente nordestino, como você pode conferir aqui. Contudo a faixa que mais represente a sonoridade do Zefirina Bomba é “Enquanto Otacílio Batista Explicava...”, que fecha o álbum. Começa com uma viola caipira para ser transmutada em um vigoroso punk-rock executado à toda força. Alguns podem achar que a fórmula rock+música regional não é algo novo, que está gasto, que não gera mais aquela sensação de novidade. Bobagem! Os paraibanos “amalucados” do Zefirina Bomba mostram que quando se tem competência e tesão pela música qualquer combinação pode soar original e agradável. E. T.: o nome do grupo vem de uma lavadeira de Catolé do Rocha (interior da Paraíba) que foi brindada com o apelido de Bomba por causa das batidas que dava com as roupas molhadas nas pedras do rio. Até nisso os caras foram felizes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bomba... isso lá é história de lavadeira???
Conta outra :)